Um projeto da Unesp busca melhorar condições de catadores de recicláveis, fortalecendo o trabalho por meio de ações que promovam a educação ambiental e colaborem com a sustentabilidade. Esse é um dos objetivos do Projeto Flores da Acácia, iniciativa idealizada pelo Instituto de Química (IQ) e a Faculdade de Ciências e Letras (FCLAr), ambos da Unesp, em Araraquara, em parceria com a Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis Acácia.
A ideia é implementar um programa de gestão de resíduos sólidos nas unidades de ensino da Universidade visando a correta segregação dos produtos que podem ser reciclados, reduzindo seu envio para aterros e, dessa forma, diminuir os impactos ao meio ambiente.
“Nós queremos aumentar o volume e melhorar a qualidade do material reciclável arrecadado, realizando campanhas efetivas de orientação e sensibilização das comunidades internas do IQ e da FCLAr. Vamos tratar da responsabilidade de cada um frente à geração e segregação dos resíduos, estabelecendo protocolos de descontaminação de recipientes como vidros e plásticos utilizados para guardar reagentes químicos. Além disso, pretendemos adequar as condições dos locais de armazenamento do lixo reciclável para que os materiais não sejam danificados por chuvas e que a sua retirada seja de fácil acesso ao veículo da Cooperativa”, explica Cintia Milagre, professora do IQ e coordenadora do Projeto.
Segundo a docente, durante a iniciativa os catadores também receberão capacitações para que desenvolvam técnicas de abordagem, negociação e de prospecção de mercado para aumentarem a margem de lucro nas vendas do material recolhido. Os trabalhadores terão ainda orientações para aprimorar o manejo de lixo eletrônico, assim como auxílio para identificar os produtos que possuem maior valor agregado. Com o Projeto, a expectativa é de que a quantidade de material reciclável arrecadado pela Cooperativa Acácia no IQ aumente, pelo menos, 20%. A Instituição terá exclusividade na retirada do lixo reciclável no Instituto e na FCLAr.
A presidente da Cooperativa, Helena Francisco da Silva, revela que a pandemia de Covid-19 reduziu drasticamente a quantidade de materiais coletados, o que já era esperado tendo em vista a diminuição das atividades permitidas e do consumo das pessoas. “A pandemia nos prejudicou tanto no aspecto emocional como no financeiro. Desde março do ano passado, 43 trabalhadores da Cooperativa que fazem parte do grupo de risco para o coronavírus foram afastados de forma preventiva. Estamos arrecadando cerca de 120 toneladas a menos por mês. Por isso que o projeto com a Unesp vai ser muito importante não só para aumentarmos nossa arrecadação, mas também para tirarmos proveito de materiais que ainda desconhecemos o valor. Esse empoderamento que a Unesp irá nos oferecer é fabuloso”, afirma.
Segundo o panorama de 2020 da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), o Brasil gerou em 2019 aproximadamente 79 milhões de toneladas de resíduo sólido urbano. Desse montante, cerca de 40,5% teve uma destinação inadequada, sendo encaminhado para aterros controlados e lixões, que acabam tendo a sua vida útil reduzida devido ao alto índice de material reciclável encontrado nesses locais.
“Trata-se de um projeto muito importante, pois ele busca a mudança de atitude de docentes, servidores e alunos, em especial os que cursam administração pública, já que essa iniciativa envolve reflexões acerca da necessidade da promoção de políticas públicas que minimizem os efeitos ambientais e sociais causados pelo descarte incorreto dos resíduos sólidos. Além disso, outro ponto importante do Projeto é a promoção da interação entre a universidade pública e a sociedade, valorizando o catador de materiais recicláveis que, muitas vezes, é marginalizado”, afirma Patrícia Borba Marchetto, professora da FCLAr e membro do Projeto.
O Peso da Alma: o experimento dos 21 gramas que tentou provar a existência da alma humana
Em 1907, uma das perguntas mais intrigantes da humanidade atravessou a fronteira entre a ciência e o mistério: a alma humana tem peso? Essa questão levou o médico norte-americano Duncan MacDougall a realizar um experimento que se tornaria um dos episódios mais curiosos — e controversos — da história científica moderna. MacDougall acreditava que, se a alma existisse como uma entidade separada do corpo, ela deveria possuir massa. Para testar essa hipótese, ele colocou pacientes em estado terminal sobre uma balança extremamente sensível, projetada para detectar variações mínimas de peso. O objetivo era simples e perturbador: observar se haveria alguma mudança no exato momento da morte. Segundo os registros do médico, em um dos casos ocorreu uma perda súbita de aproximadamente 21 gramas no instante em que o paciente faleceu. MacDougall interpretou esse valor como o possível peso da alma deixando o corpo físico. A conclusão foi publicada em revistas médicas da época e rapidamente ganhou rep...

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